top of page

Review: The Lord of the Rings: Gollum™

Atualizado: 1 de mar.



Em The Lord of the Rings: Gollum, embarcamos na jornada angustiante e a dualidade interna de Gollum em uma narrativa interativa ambientada no universo épico de O Senhor dos Anéis.


Distriuido e desenvolvido pela Daedalic Entertainment, uma desenvolvedora de jogos alemã conhecida por criar experiências narrativas imersivas e visualmente impressionantes, com títulos que abrangem uma variedade de gêneros, desde aventura até estratégia, com destaque para jogos baseados em histórias originais e propriedades intelectuais licenciadas.



O jogo está disponível para: PlayStation 5, Nintendo Switch, PlayStation 4, Microsoft Windows, Xbox One, Xbox Series X e Series S


HISTÓRIA

A história de "The Lord of the Rings: Gollum™" se passa no universo épico de J.R.R. Tolkien e explora eventos que antecedem a trama principal da trilogia "O Senhor dos Anéis". O jogo segue Gollum, uma criatura atormentada pela dualidade de sua personalidade, dividida entre Sméagol e Gollum, enquanto ele busca o Um Anel, sua "preciosa".


Durante a narrativa, os jogadores testemunham a luta interna de Gollum e suas interações com outros personagens icônicos do universo, como os Nazgûl. A história aborda a corrupção gradual de Gollum pelo poder do Um Anel e explora os desafios que ele enfrenta em sua busca pela possessão do anel.


O jogo enfatiza elementos de furtividade e exploração, proporcionando aos jogadores uma experiência única ao vivenciar a perspectiva única e o comportamento esquivo de Gollum. A narrativa visa oferecer uma visão mais profunda do personagem e do mundo de "O Senhor dos Anéis".


É quase irônico admitir, mas inicialmente me incluí entre aqueles que duvidavam da escolha de Gollum como protagonista de um jogo, dada a ampla gama de personagens emblemáticos que tornaram O Senhor dos Anéis tão querido pelos fãs. No entanto, as partes que envolvem tomar decisões enquanto lidamos com sua dualidade representam alguns dos momentos mais cativantes do jogo, na minha opinião.


Às decisões estéticas que envolvem a cronologia adotada no jogo, as quais considero lamentáveis. Iniciar a narrativa em Mordor, com a necessidade de escapar desse local, poderia ter sido muito mais impactante se fosse reservado para o terço final da aventura, envolvendo Gollum perseguindo Bilbo e Frodo(mesmo o jogo sendo passado oito anos antes dos acontecimentos dos filmes de LOTR de Peter Jackson), ou eventos semelhantes. Ao iniciar o jogo em Mordor, não apenas se perde a oportunidade de conferir maior gravidade ao ambiente, mas também se priva o jogador das paisagens abertas e luminosas típicas, se este fosse o terço inicial do jogo, com certeza muita coisa seria diferente, as quais são características marcantes da Terra Média.


Essa ultima parte, em particular, merece atenção, pois é comum que a "mídia especializada" se limite apenas às primeiras horas de jogo para embasar suas análises. Entretanto, destaco que este portal adota uma abordagem diferenciada, valorizando uma análise mais aprofundada e completa, meus caros. :)


Acredito firmemente que a raiz das falhas deste jogo reside não em sua concepção, mas sim em sua implementação. Surpreendentemente, a premissa de "The Lord of the Rings: Gollum" é admirável, porém, uma série de escolhas equivocadas foram tomadas durante o seu desenvolvimento, negligenciando aspectos cruciais como a dualidade, anteriormente mencionada, que poderiam ter agregado um valor considerável à experiência.



GAMEPLAY


A jogabilidade de The Lord of the Rings: Gollum centra-se na exploração de ambientes, resolução de quebra-cabeças e furtividade. Os jogadores controlam Gollum, alternando entre sua personalidade dual, enquanto enfrentam desafios e interagem com o mundo ao redor. A narrativa é conduzida por escolhas do jogador, influenciando o desenrolar da história.


Neste ponto, é onde os fundamentos começam a desmoronar, pois o jogo em si falha em executar qualquer coisa de forma verdadeiramente satisfatória. Ele se limita ao básico em todos os aspectos e muitas vezes falha até nisso. Seja nos movimentos de salto que parecem desajeitados, ou nos comandos simples que não são adequadamente explicados ou são dificultados demais para sua explicação.


Ao analisar The Lord of the Rings: Gollum, percebo que o estúdio tentou dar um salto além de suas capacidades, aspirando a algo grandioso. O uso da Unreal Engine 5 evidencia essa ambição, lembrando-me das aulas de pintura que minha mãe costumava ter, onde ela me explicou que retratar figuras humanas era o desafio mais complexo da arte. O jogo apresenta paisagens deslumbrantes, céus espetaculares, porém a representação artística de todas as formas de vida, incluindo o próprio Gollum, é lamentável.


Acredito firmemente que Lords of the Rings Gollum precisaria de um período adicional de desenvolvimento, estendendo-se por mais um ou dois anos de dedicação. Considerando até mesmo a possibilidade de estender esse prazo para três anos, caso uma revisão completa da modelagem dos personagens fosse contemplada. Este projeto, que empregou a técnica de captura de movimentos para dar vida às expressões faciais de Smeagle, sem dúvida exigiu um investimento considerável por parte da empresa responsável pelo seu desenvolvimento.


No que diz respeito à jogabilidade, é inegável que a correção dos pulos imprecisos seria crucial para aprimorar a experiência do usuário. Este é um aspecto que, infelizmente, impactou negativamente a jogabilidade, apesar de sua proposta bem delineada. No entanto, uma vez resolvidos tais obstáculos, é possível enxergar que o jogo se apresenta de maneira bastante sólida em sua essência.


ACHIEVEMENTS


A concepção dos achievements deve estar alinhada com a proposta do jogo, porém, parece que não houve uma clara definição nesse sentido. Os problemas do jogo, muitas vezes decorrentes de metas inatingíveis para os desenvolvedores, refletem-se também nos achievements, que acabam por não se alinhar com a realidade da experiência. Alguns achievements, como coletar itens ou sobreviver sem morrer, parecem inadequados, especialmente em um jogo que não alcançou um nível significativo de grandeza.


Nesta circunstância, torna-se um tanto complicado recomendar o jogo, especialmente porque podemos desfrutar de uma experiência muito mais gratificante com jogos menores e que também são meticulosamente trabalhados nesse aspecto.


Em relação a certos jogos específicos que incorrem no equívoco de presumir que os jogadores preferem concluir suas experiências sem sofrer mortes, optarei, a partir desta análise, por adotar uma gamer tag alternativa em vez da minha habitual (Scoulz). Isso me permitirá desfrutar do jogo sem a pressão autoimposta de alcançar todas as conquistas, destacando, assim, minha insatisfação diante das decisões equivocadas tomadas pelas empresas.


Essa abordagem não apenas me proporcionará uma experiência mais relaxada e imersiva, mas também servirá como uma forma de expressar de forma mais contundente minha discordância em relação a tais escolhas desacertadas por parte das desenvolvedoras de jogos.


TRAILER OFFICIAL



CONCLUSÃO

Esta foi, sem dúvida, a análise mais complexa que já fiz neste portal até hoje. Além do próprio jogo, há toda a controvérsia envolvendo o fechamento do estúdio após o lançamento. Portanto, foi necessário analisar a obra de forma imparcial, indo além de qualquer opinião externa. Posso afirmar que o jogo não é completamente desprovido de méritos.


Sou particularmente apaixonado pelos jogos de Celebrimbor em "Shadow of Mordor" e "Shadow of War". Quando me deparei com Gollum pela primeira vez, confesso que me questionei sobre quem poderia se interessar por um personagem tão singular. No entanto, é inegável que Gollum encontrou seu espaço no mundo dos games, embora o jogo em si seja considerado mediano. Muito do alarde em torno deste título deve-se, principalmente, ao fato de carregar o nome da amada franquia de Tolkien. Certamente, criar um jogo centrado em Gandalf ou Aragorn pareceria uma escolha mais óbvia. No entanto, seria uma tarefa monumental para um estúdio pequeno como a Daedalic lidar, especialmente diante das inevitáveis comparações com os jogos mencionados anteriormente. Além de exigir gráficos deslumbrantes, a franquia estabelecida de "Shadow of Mordor" oferece uma jogabilidade extremamente cativante, sem mencionar o uso pioneiro da inteligência artificial em benefício do sistema Nemesis.


Diante de tudo isso, é evidente que "Lords of the Rings: Gollum" foi injustamente criticado tanto pela mídia quanto pelos jogadores. É um jogo excelente? Não. No entanto, não é completamente um desastre em todos os aspectos. O personagem de Smeagol carrega uma parte significativa do jogo consigo - seu carisma, personalidade, diálogos e dualidade são elementos que poderiam, por si só, cativar o público do jogo. No entanto, lamentavelmente, isso não se concretiza.


Review by Gamertag: MatheusBom#3245


SCORE: 65/100



3 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page