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Review: The Forest Cathedral

Atualizado: 4 de jul. de 2023



Você já se imaginou sozinho numa ilha, com apenas um tablet na mão e sem mosquitos por perto? Um cenário um tanto quanto peculiar, certo? Tão peculiar quanto The Forest Cathedral.



O JOGO


The Forest Cathedral é um jogo puzzle da Whitethorn Games, com elementos 3D e 2D. Você joga como Rachel Carson, uma cientista que existiu na vida real. Inclusive, o jogo é inspirado na história real da cientista e seu livro Silent Spring. No jogo, Carson é mandada para uma ilha, sozinha, para pesquisa de campo. Lá, não existem mosquitos, pois o entomologista Paul Muller sintetizou um pesticida chamado diclorodifeniltricloroetano, popularmente conhecido como DDT, e dispersou por toda ilha. O doutor ainda fornece um tablet chamado iRGB, que vai te auxiliar em toda sua jornada.


Toda a exploração da ilha é feita num ambiente 3D, com um espaço limitado e linear. Logo você é apresentado ao Little Man, uma personagem 2D que você controla para resolver as fases, como se fosse um jogo de plataforma. Esse carinha vai ser sua principal companhia e o seu maior resolvedor de problemas.


No começo, o jogo parece simples e sem nenhuma surpresa, mas, com o passar dos dias, coisas estranhas começam a acontecer. Rachel então parte em busca de descobrir o que está causando problemas na ilha.


Little Man em ação
Little Man em ação.

MINHAS IMPRESSÕES


Confesso que não sabia o que esperar em The Forest Cathedral. O jogo é bem simples. Nos momentos em que você controla Rachel, não há muito desafio, você vai para cada terminal e os ativa. E aí é que entra o Little Man, a parte que eu achei mais divertida do jogo, que me lembrou vagamente o jogo The Pedestrian: um jogo de plataforma 2D rolando em primeiro plano com um ambiente 3D ao fundo. Nesse momento, o jogo te dá um pouco mais de desafios, mas nada que vá fazer você quebrar a cabeça ou passar muito tempo neles. Inclusive, o jogo não é muito longo, em menos de uma hora você completa sua jornada.


Os gráficos são decentes, porém, precisam ser otimizados. Como um apreciador de pixel art, gostei muito das personagens sendo representados por meio desse tipo de arte. A ambientação, sons e músicas são agradáveis e bem utilizados. O jogo é inteiramente dublado em inglês, passando emoção na fala dos personagens, o que funciona muito bem. Infelizmente, até o momento dessa análise, o jogo não tem opção de legendas em Português-Brasil. Como existe uma história sendo usada como base de todo o jogo, muito é perdido, o que acaba esvaziando a experiência caso não se tenha conhecimento de inglês básico.


2D e 3D em harmonia.
2D e 3D em harmonia.


CONQUISTAS


Pra quem gosta de caçar conquistas, The Forest Cathedral não será problema para fazer 100% delas. Nenhuma conquista demanda nada especial, apenas progredir e finalizar a história já serão o suficiente para conquistar todas.


Tão pacífico quanto as conquistas do jogo.
Tão pacífico quanto as conquistas do jogo.

CONCLUSÃO


Quando comecei a jogar, estava bem perdido. Sabia da sinopse do jogo, mas nada além disso. Me permiti ser surpreendido. Inicialmente, pensei que o jogo seria apenas uma série de momentos em que usaria o Little Man para passar os puzzles e só. Progredindo no jogo, as coisas vão realmente mudando, até o tom do jogo, de algo alegre e sem muita agitação, vira algo cheio de suspense. Em um momento, achei que o jogo iria pro lado do terror, o que me deu até uma vontade a mais de ver o que estaria por vir.


Tentei não colocar muito sobre a história do jogo e da Rachel Carson na análise porque seria como esvaziar o jogo. The Forest Cathedral foi feito para contar essa história. Usando elementos fantasiosos e inspirado em fatos reais, o jogo te apresenta um acontecimento importante da história da proteção ambiental. Se não fosse pela parte em que você controla o Little Man, o jogo seria completamente contemplativo.


Em certas cutscenes, não sabia se algumas coisas que apareciam de fato estavam programadas para aparecer ou se seriam bugs, mas nada que influencie no decorrer do jogo.


Como eu disse, me deixei ser surpreendido, mas não acho que fiquei satisfeito. Pra mim, o saldo é positivo, mas faltou um pouco mais de ritmo. O jogo termina muito rápido, porque foi feito pra contar uma história simples. Creio que esse fator vai frustrar alguns jogadores que esperavam um jogo maior.


Pra encerrar, uma curiosidade: a abreviação do pesticida é DDT, certo? E como se chamam os profissionais que exterminam insetos? Dedetizadores. É bobo, mas explodiu minha cabeça quando eu percebi isso.


NOTA: 5.0/10


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