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Review: Layers of Fear (2023)

Atualizado: 23 de jun. de 2023


Uma compilação de histórias elaborada por uma escritora em um farol abandonado (ou não). Layers of Fear é uma nova oportunidade para o gênero de terror, que não via há algum tempo.


O jogo está disponível nas seguintes plataformas: PlayStation 5, Microsoft Windows, Xbox Series X e Series S, Mac OS.


HISTÓRIA E GAMEPLAY

Layers of Fear é uma compilação de todos os jogos e DLC lançados sob o selo da franquia anteriormente. Os jogos são apresentados sob a perspectiva de uma nova história escrita pela autora responsável pelos romances, que enfrenta conflitos semelhantes aos relatados na história, porém, sob uma perspectiva mais vulnerável. Dividindo a história em dois grandes livros e dois pequenos capítulos, posso dizer que as histórias de Layers of Fear são boas. A primeira está ligada a um drama mais sombrio de uma história de dor de família. Enquanto a segunda temos o olhar mais relacionado ao aspecto de resgate. Embora haja diferenças e uma evolução clara entre o primeiro e o segundo jogo, ao jogarmos de maneira sequencial, ou seja, um após o outro, percebemos tantas semelhanças nas duas histórias principais que, se me dissessem que se tratam do mesmo jogo, eu provavelmente acreditaria.


A jogabilidade é basicamente a mesma, uma vez que, ao longo do caminho, procuramos chaves, novas portas e, em geral, trilhamos um caminho reto, com sustos, usando nossa lanterna, espantando a aberração ou o espírito maligno que nos acompanha em determinadas partes do jogo. É difícil se perder em qualquer um dos jogos e isso é um grande mérito da franquia, pois somos teletransportados em vários momentos apenas para olhar para um objeto ou simplesmente virando a câmera. As cinco histórias em Layers of Fear são: A escritora(narrativa que junta todas as outras em uma só história), Pintor(primeiro jogo), Filha(DLC), Musicista(DLC), Ator(história do segundo jogo)


ASPECTOS TÉCNICOS

Aqui é onde Layers of Fear brilha com maestria.


Com todas as histórias refeitas através da Unreal Engine 5, todo o aspecto gráfico do game é surpreendente, desde os cenários mais fechados (a maioria), até os mais abertos. Foi um dos primeiros jogos em que decidi jogar em modo fidelidade no console, em uma TV 4k OLED e alinhado ao HDR10 e, sobretudo, ao Ray Tracing. A experiência fica ainda mais impressionante, seja através de iluminações que surgem diretamente de uma chama ou de reflexos de madeira que estão no navio do segundo game. A mixagem do áudio do game também merece elogios. Quando comecei, notei que o jogo estava um pouco lento e em determinado momento temos de enfrentar os desafios reais de escapar de uma assombração ou uma criatura deformada, dependendo do jogo em questão. Posso dizer que, estando com o headset com Dolby Atmos ativado, não houve uma única vez em que essas criaturas se aproximaram de mim que não me arrepiasse. De fato, o game conseguiu cumprir as demandas da nova geração, tanto no que diz respeito ao áudio quanto aos belos detalhes visuais.


CONQUISTAS

Eu não sou um jogador muito apegado ao gênero, então optei por jogar apenas a narrativa dos dois jogos principais de Layers of Fear, sem jogar as DLC ou ir atrás de coletáveis, e consegui realizar praticamente metade das conquistas do jogo. Infelizmente quem fez os achievements neste game, está parado no tempo ou realmente odeia os jogadores. É extremamente ruim que existam tantos itens coletáveis dentro de um jogo, onde, simplesmente atravessando uma porta, somos transportados para outras salas sem a possibilidade de retornar. Dessa forma, precisamos recomeçar um capítulo inteiro para encontrar esses objetos, sendo fotos, quadros e outros que são extremamente perdíveis. Ainda, o jogo, ao ser lançado, parece ter uma conquista quebrada, uma vez que ninguém ainda atingiu todas as conquistas no Xbox. Um recado que é sempre bom dar aos Devs: esqueçam os coletáveis perdíveis, invistam em coisas para fazer dentro do game, com toda certeza atrairá o público dos achievements.


TRAILER OFICIAL

CONCLUSÃO

Layers of Fear é uma ótima compilação, um game que se destaca na parte técnica, mas as histórias não são tão fortes para que possamos ter um aprofundamento. Os personagens, sem muito carisma e esquecíveis, certamente são escritas de outros tempos da empresa. Eles, sem dúvida, pensaram que seria uma boa ideia refazer toda a experiência e que a narrativa poderia se manter forte mesmo assim. Infelizmente quem fez as conquistas deste jogo estava completamente maluco, pois além de conquistas que os jogadores odeiam que são perdíveis, há uma quebrada no console que torna o jogo impossível de ser completado por qualquer um. Apesar de não ser tão familiarizado com o gênero, estou contente ao constatar que a Bloober Team tem um futuro promissor no mundo dos games. Se grandes publishers resolverem também dar suas franquias para outras empresas mais conceituadas, como deram a eles Sillent Hill, derem seus games para a Bloober, teremos grandes jogos de terror surgindo e o gênero estará bem servido por anos. Parece que eles estão tendo êxito na sua estratégia, e, agora, com uma ajuda adicional no que diz respeito ao envolvimento com personagens e histórias mais aprofundadas e de maior profundidade, não tenho dúvidas de que a Bloober Team terá um futuro promissor no campo dos jogos de terror.


Review realizada através da Gamertag: Scoulz


Nota: 80/100


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